Saiba quais são os 5 componentes estratégicos que devem ser revisados para evitar a quebra do carro durante uma viagem
É um grande engano achar que o veículo deve estar com a manutenção em dia apenas para viajar durante o feriadão ou férias. As revisões periódicas precisam ser feitas ao longo do ano todo. Mas, se isso não foi possível, a checagem básica de determinados itens já ajuda bastante. Isso porque alguns sistemas são mais estratégicos que outros para evitar uma pane mecânica. Descubra quais são os 5 componentes que devem ser revisados para não ficar empenhado na estrada.
Conforme o mecânico André Ellwanger, profissional com mais de 25 anos de atuação em Taquara (RS), em um carro popular nacional o diagnóstico e substituição de componentes como correias, filtros, óleo e líquido do sistema de arrefecimento custa em torno de R$ 1 mil, exigindo um dia de oficina. Uma checagem rápida, porém, sai por R$ 200,00 e também pode ajudar a evitar perrengues.
Em tempos de gasolina cara e insegurança pública, fazer a manutenção preventiva é muito mais do que simplesmente garantir a economia: é também evitar tornar-se alvo de criminosos devido a uma pane na estrada. Seja na sua oficina de confiança, seja na concessionária, é importante observar os prazos das revisões e trocas dos componentes, como especificado no manual do proprietário. Confira a seguir quais itens devem receber especial atenção para você não ficar empenhado. As dicas são da Mecânica Ellwanger, de Taquara (RS).
O que nunca deve ser esquecido:
1 – As revisões que o manual determina
A montadora especifica, para cada modelo, os prazos e quilometragens para a troca de óleo, filtros em geral (de óleo e de combustível). São componentes que ajudam na economia e na segurança. Também evitam o desgaste prematuro de outras peças. Um veículo que fez todas as revisões indicadas no manual dificilmente vai estragar no meio de uma viagem.
2 – Sistema de arrefecimento do veículo
Cena comum no verão é automóvel parado no acostamento com o motor fervendo. E não é só carro velho, não: tem muito seminovo por aí quebrando no meio do caminho. O sistema de arrefecimento é o responsável por manter a temperatura correta de trabalho do propulsor, independentemente do clima. Nos dias muito quentes, obviamente torna-se imprescindível. Os seus componentes – radiador, reservatório, aditivo, ventoinha, sensor de temperatura, válvula termostática e bomba d’água – precisam ser conferidos a cada 15 dias. Já a substituição do líquido de arrefecimento deve ocorrer a cada dois anos ou 40 mil km, o que ocorrer primeiro. Importante: nunca complete com água da torneira.
3 – Geometria e o balanceamento
Um veículo desalinhado e com os pneus murchos não anda, se arrasta, gastando mais combustível. Os reflexos podem ser vistos também no desgaste irregular dos pneus. Se o motorista não ficar atento, em casos extremos um ou mais pneus podem estourar durante uma viagem, causando até risco de capotagem. Além disso, devem ser calibrados semanalmente. Não dá para entender como muitos esquecem. E isso que o ar é de graça!
4 – Freios
A cada revisão devem ser verificados aspectos como o desgaste e eventual empenamento do disco. O mau funcionamento ou uma pane no sistema de freios impede o motorista de seguir viagem, pois o risco de uma colisão aumenta muito. A limpeza do sistema é outro item importante, pois a fuligem que solta das pastilhas pode comprometer seu funcionamento e acelerar o desgaste. Além disso, deixe a viagem fluir. Tem gente que anda com os dois pés no freio, encurtando a vida útil das pastilhas e gastando mais combustível para a retomada da velocidade.
5 – Sistema de iluminação
Faróis em mau estado de conservação impedem o motorista de ver o caminho, enquanto lanternas estragadas tornam carros e, principalmente motos, “invisíveis” para quem vem atrás durante a noite. Você está vendo os demais veículos, mas os outros motoristas não estão percebendo a sua presença. A regulagem dos faróis também é essencial para não ofuscar os condutores que transitam no sentido contrário. Nesses casos, é uma garantia que o veículo vai levar avisos com o farol alto o tempo todo dos demais veículos. É uma economia que não vale a pena: se as lâmpadas pifarem à noite, não será possível prosseguir a viagem.