Renault Duster Iconic TCe: saiba quais são os pontos fortes e fracos deste veterano SUV  

Em janeiro de 2024, modelo ganhou um facelift leve que incluiu novas rodas | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

Lá se vão 14 anos desde que o Duster foi lançado no Brasil, em outubro de 2011. Em 2020, foi apresentada a segunda geração e, em janeiro de 2024, um leve facelift. Atualizações que garantem sobrevida ao veterano SUV. Depois de tanto tempo, suas vendas seguem em alta, mas será que ainda é uma boa compra? Confira os bons e maus atributos nas Impressões ao Dirigir.

A reestilização realizada há um ano trouxe pequenas mudanças, como novos faróis em LED e grade frontal redesenhada e com acabamento em preto brilhante, bem como novas as lanternas em LED. Já as versões Iconic Plus receberam também novas rodas em liga-leve aro 17’’ modelo Tergan com verniz fumê, calçadas com pneus 2015/60, novas barras de teto e skis frontal e traseiro na cor cinza Megalith, além de retrovisores externos em preto brilhante. Nessas versões topo de gama, os faróis auxiliares estão abrigados por uma moldura plástica sobreposta ao para-choque dianteiro que, além de gosto duvidoso, ainda contribui para danificar esses componentes em pequenas colisões, pois fica projetada para a frente. Esse equipamento, aliás, é um opcional (Pack Outsider) que custa R$ 1,8 mil. Sem ele, o visual dianteiro do modelo fica mais clean e moderno.  

Faróis auxiliares estão abrigados por uma moldura plástica sobreposta ao para-choque dianteiro e sujeitos a avarias em pequenas colisões | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

A versão encaminhada pela montadora para o tradicional teste de uma semana foi a topo de linha Iconic TCe, comercializada por R$ 163,9 mil. Lembrando que a configuração de entrada é a Intense Plus 1.6 manual, vendida por R$ 130,99 mil. O grande diferencial da Iconic TCe está sob o capô: o motor turbo TCe (Turbo Control Efficiency) 1.3 flex de 4 cilindros, com injeção direta, que também equipa modelos da Mercedes-Benz. Os números são respeitáveis: potência máxima de 162 cv com gasolina e 170 cv com álcool a 5.500 rpm, bem como torque de 27,5 kgfm a apenas 1.600 rpm com qualquer um dos combustíveis. Ou seja: já no primeiro toque do acelerador o motorista tem bastante força máxima à disposição, tornando as acelerações e retomadas muito eficientes. Conforme a montadora, o modelo acelera de 0 a 100 km/h em 9,2 s, atingindo a velocidade máxima de 190 km/h com gasolina ou álcool. O motor está acoplado ao câmbio automático CVT XTronic com 8 marchas simuladas, caracterizando-se por um funcionamento suave.

Potência de 162 cv com gasolina e 170 cv com álcool, bem como torque de 27,5 kgfm com qualquer um dos combustíveis | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

Esse desempenho é muito superior à versão Iconic Plus 1.6 CVT, que custa R$ 149,49 mil e vem equipada com o 1.6 SCe aspirado de 4 cilindros (118 cv com gasolina e 120 cv com álcool a 5.500 rpm, bem como torque de 16,2 kgfm a 4.000 rpm com qualquer um dos combustíveis), acoplado à transmissão automática CVT XTronic que simula 7 velocidades. Essa configuração acelera de 0 a 100 km/h em 12,2 s com gasolina e em 12 s com álcool, atingindo as velocidades máximas de 172 km/h com gasolina e 173 km/h com álcool. O consumo prometido, porém, é melhor: na cidade é de 7,2 km/l com álcool e 10,5 km/l com gasolina, enquanto na estrada é de 8,1 km km/l com álcool e 11,5 km/l com gasolina.     

Quem está em dúvida sobre qual motorização escolher, deve fazer um test-drive, que costuma ser esclarecedor, a depender do peso do pé do comprador.

O consumo prometido da Iconic TCe na cidade é de 7,7 km/l com álcool e de 10,8 km/l com gasolina, enquanto na estrada é de 8,4 km/l com etanol e de 11,5 km/l com gasolina. O tanque de combustível é pequeno, comportando 46 litros. Apesar de o exemplar testado estar abastecido com gasolina, aos 345 km acendeu a luz da reserva, o que dá uma média de 9 km/l no trajeto composto por 50% estrada e 50% cidade. Pelo tamanho do motor e características do câmbio CVT, esse powertrain deveria alcançar 15 km/l na estrada.    

Ao volante, a direção com assistência elétrica e a posição elevada de pilotagem garantem muito conforto e ótima visibilidade. Já a suspensão tem calibragem macia, sem, no entanto, decepcionar nas curvas.

Dimensões

No porta-malas, cabem bons 475 litros de bagagens | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

O modelo é espaçoso, graças aos seus 4,38 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,82 m de largura e 1,68 m de altura. Quem viaja atrás tem bastante espaço para as pernas e cabeça. O SUV tem bons ângulos de entrada (30°) e saída (34°5’), bem como altura em relação ao solo: 23,7 cm. No porta-malas, cabem bons 475 litros de bagagens. 

Acabamentos e equipamentos

Bancos em material sintético e insertos de alumínio no volante, manopla do câmbio e saídas de ventilação | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

O cockpit da Iconic traz insertos em alumínio no volante, manopla do câmbio e saídas de ventilação. Nas portas há uma faixa em tecido, mas o painel é composto basicamente por plástico duro.

A tela do sistema multimídia Display Link de 8” com conectividade wireless dispensa cabos e possibilita o espelhamento de smartphones por meio das tecnologias Android Auto e Apple CarPlay. Porém, está situada abaixo das saídas de ventilação, em uma posição menos elevada do que se convencionou ser o ideal na atualidade.

O sistema Multiview – composto por quatro câmeras – exibe na tela do multimídia imagens que, juntamente com o alerta de ponto cego, facilitam as manobras de estacionamento. O painel de instrumentos com mostradores analógicos é completo, mas os grafismos já não escondem a sua idade.

Relógios analógicos e grafismos já não escondem a idade do painel de instrumentos | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

    

Versão também traz ar-condicionado digital e automático, bancos com revestimento em material sintético, dois pontos de ancoragem para Isofix, sensores de luminosidade e de chuva, carregador por indução e faróis com função “Follow Me Home” e sistema Start&Stop, que desliga e religa automaticamente o motor para economizar combustível. Uma novidade introduzida em janeiro de 2024 diz respeito à segurança: 6 air bags para todas as versões do modelo.

Resumo da Resenha

Bom espaço interno e motor turbo com até 170 cv são destaques do modelo
Modelo tem 4,38 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,82 m de largura e 1,68 m de altura | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

O visual imponente, que lembra os “SUVs raiz” quadradões, segue como forte apelo de compra para o Duster, que não deve mudar de geração tão logo. Somam-se a isso o generoso espaço interno e bom porta-malas. A ausência de assistentes de condução nesta versão topo de linha é algo que faz falta para quem vai comprar um carro em pleno 2025. O crossover Renault Kardian, traz, por exemplo, na configuração mais cara Première Edition (R$ 138,99 mil), itens como Piloto automático Adaptativo (ACC), Alerta de colisão frontal e frenagem ativa de emergência e Alerta de distância segura.

One thought on “Renault Duster Iconic TCe: saiba quais são os pontos fortes e fracos deste veterano SUV  

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *