Foco familiar: renovado, Aircross ressurge com bom espaço, motor turbo e muita tecnologia
Uma renovação de corpo e alma: o novo C3 Aircross mudou no que se pode ver e também naquilo que não está perceptível à primeira vista. Além do visual, em fevereiro de 2024 o modelo familiar recebeu motor turbo e novas tecnologias, que aumentaram desempenho e segurança. Confira consumo, dimensões e equipamentos no teste do site Carros e Carangas.
Vale reforçar que o nome completo do modelo é C3 Aircross, mas em muitas situações – como na capa do seu site de vendas – a montadora usa apenas Aircross, até para poder distanciá-lo do C3, um hatch menor no tamanho e também na faixa de preços. A versão testada ao longo de 5 dias foi a topo de linha Shine com 5 lugares, que custa R$ 128,59 mil. No roteiro, uma miscelânea de situações: desde o trânsito conturbado da capital paulista até trechos liberados da Rodovia Castello Branco, rumo à cidade de São Roque, distante 60 km da capital e conhecida pelo Roteiro do Vinho. Essa mesma configuração Shine com 7 lugares sai por R$ 136,59 mil. A versão de entrada é a Feel, por R$ 112,9 mil.
O visual do Aircross é moderno, seguindo a atual linguagem de design da Citroën e representando uma significativa evolução em relação à geração anterior. As belas rodas aro 17” contribuem para reforçar o apelo estético, sendo calçadas com pneus 215/60.
Motor 1.0 turbo tem respostas ágeis
Ao volante, quanta diferença em relação à motorização 1.6 aspirada anteriormente usada: com potência de 115 cv com gasolina e 122 cv com álcool, bem como torque de 15,5 kgfm e 16,4 kgfm, respectivamente, proporcionava um rendimento apático ao modelo. Agora, vem com motor 1.0 de 3 cilindros equipado com turbo e injeção direta de combustível. São 125 cv com gasolina e 130 cv com álcool, ambos a 5.750 rpm, bem como torque de 20,4 kgfm a 1.750 rpm com qualquer um dos combustíveis.
O ganho maior foi justamente no torque. Torque esse que chega em um baixo regime de giros, não sendo necessário acelerar muito para obter bom desempenho. Conforme a montadora, a aceleração de 0 a 100 km/h ocorre em 9,7 s com etanol e 9,9 s com gasolina. Já a velocidade máxima é de 191 km/h com qualquer um dos combustíveis.
O câmbio CVT com 7 marchas simuladas contribui tem funcionamento preciso e suave. O consumo prometido com gasolina é de 10,6 km/l na cidade e 12 km/l na estrada. Com álcool, é de 7,4 km/l na cidade e 8,6 km/l na rodovia. Ao longo de 352 km, a média geral foi de 10,4 km/l. Razoável, levando-se em conta que 70% do trajeto foi em estrada. Porém, é necessário dizer que o exemplar avaliado estava com apenas 4.637 km. Ou seja: o motor sequer havia sido amaciado.
Espaço a bordo
O generoso espaço a bordo é um dos bons atributos do Aircross. Durante as horas em que passei dirigindo o carro, lembrei bastante do saudoso Fiat Doblò, sucesso de mercado e uma referência no transporte familiar. Só que o Aircross é muito mais moderno e sofisticado em todos os aspectos.
No Citroën, pessoas altas têm bastante espaço para a cabeça e, quando viajam atrás, também para as pernas. Modelo tem 4,32 m de comprimento, 2,67 m de entre-eixos, 1,65 m de altura e 1,80 m de largura. No porta-malas, cabem bons 493 litros de bagagens e, no tanque, 47 litros de combustível. Versão pesa 1.216 kg.
Como não poderia deixar de ser, a suspensão entrega bons níveis de conforto, honrando uma longeva tradição da Citroën.
Equipamentos
Todas as versões do Aircross vêm de série com controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampa, luzes de rodagem diurna (DRL) em LED, direção elétrica, ar-condicionado com sistema de ventilação suplementar no teto e sistema multimídia Citroën Connect Touchscreen com tela de 10,25” com Android Auto e Apple Carplay sem fio e seis alto-falantes. Pontos também para o painel digital customizável de 7”, que é bonito e funcional. A versão topo de linha também traz sensor, câmera de ré e bancos com forração premium, entre outros itens.
Resumo da Resenha
Mesmo na versão de 5 lugares, o novo Aircross é um modelo projetado para atender às necessidades da família, contemplando todos os passageiros com espaço de sobra. Sob o capô, o novo motor 1.0 turbo de 3 cilindros deu novo ânimo ao modelo. Quem precisa levar mais que 5 pessoas, pode recorrer à versão de 7 lugares, que custa R$ 8 mil a mais.