Fiat Cronos: vale a pena investir na versão automática CVT? Confira consumo e desempenho

O Fiat Cronos passou a contar com o câmbio automático CVT na linha 2023, que chegou ao mercado em julho de 2022. Mas como é o funcionamento dessa transmissão? É eficiente? E como fica a economia em relação à versão manual, será que vale a pena?

O páreo neste segmento é bastante duro e o Cronos tem como principais concorrentes Volkswagen Virtus, Chevrolet Onix Plus, Toyota Yaris e Honda City. A versão enviada pela montadora para teste foi a topo de linha Precision.

Visual “classudo” representa com maestria a escola italiana de design | Foto: Adair Santos/Carros e Carangas

O motor 1.3 aspirado de 4 cilindros dá na medida para o modelo. Poderia ter alguns cavalos extras, mas a transmissão variável consegue aproveitar cada gota de potência.

São três modos de condução: Automático, Manual e Sport, esse último voltado para quem busca um toque de esportividade. Quando acionado, a central eletrônica promove uma série de ajustes para tornar as respostas mais esportivas. As trocas de marchas, por exemplo, são feitas em rotações mais altas. A transmissão está acoplada ao 1.3 Firefly (98 cv com gasolina e 107 cv com álcool, bem como 13,2 kgfm e 13,7 kgfm, respectivamente).

A linha 2023 do sedã também passa a contar com o motor Firefly 1.0, que desenvolve 71 cv com gasolina e 75 cv com álcool, bem como torque de 10 kgfm e 10,7 kgfm, respectivamente.

Conforme a Fiat, com gasolina a versão 1.3 faz 13,4 km/l na cidade, mais que os 12,9 km/l da manual. Na estrada, a CVT faz 14,9 km/l, só um pouquinho menos que os 15,7 km/l da manual. Durante as impressões ao dirigir, ao longo de 1.500 km, porém, a unidade testada fez facilmente 17 km/l na estrada. E isso com o ar-condicionado ligado.

O porta-malas oferece ótima capacidade: 525 litros, comportando a bagagem de toda a família. As rodas em liga-leve aro 16″ são calçadas com pneus 195/55.

Calibragem da suspensão agrada

A suspensão tem calibragem voltada para o conforto, mas está bem longe de ser molenga, garantindo a segurança nas curvas sem sacrificar a vida a bordo. A topo de linha Precision traz a mais, em relação à Drive 1.3 CVT, os seguintes equipamentos:

  • Roda em liga-leve aro 16″
  • Chave presencial keyless enter n’go
  • Ar-condicionado automático
  • Câmera de ré com linhas dinâmicas
  • Faróis de neblina com função cornering
  • Espelho retrovisor elétrico
  • Repetidor lateral de seta
  • Luzes de cortesia sob os retrovisores
  • Volante revestido em couro
  • Câmbio borboleta (paddle shifts)
  • Apoio de braço dianteiro
  • Bancos traseiros bipartidos 60/40
  • Maçanetas externas cromadas

A Precision custa R$ 107,89 mil. É um bom nível de equipamentos para R$ 7,9 mil a mais do que a Drive 1.3, que custa R$ 99,99 mil. Só as rodas em liga-leve já dão um ar mais “classudo” ao sedã.    

A versão testada estava equipada com interior em couro marrom, um opcional que custava R$ 1,3 mil e elevava o preço do carro para R$ 109,19 mil. Porém, vale destacar que os bancos em tecido são preferência de uma boa parcela dos consumidores e também têm o seu valor. Além de mais em conta, esquentam menos no verão.

Volante do Pulse entre as novidades

Por dentro, a principal novidade que veio com a linha 2023 é o volante, basicamente o mesmo do Pulse.

Resumo da Resenha 

E então, depois de todas as considerações, vale a pena comprar as versões automáticas? A resposta é sim, sem dúvida.

Quando essa novidade foi lançada, em julho de 2022, o câmbio custava R$ 4,3 mil a mais. Agora, já são R$ 7,9 mil, que é a diferença entre a Drive 1.3 manual e a Drive 1.3 CVT.

Mesmo assim vale a pena, pois esse é o preço do conforto, que também vai compensar com um consumo melhor na cidade do que a manual. A ótima notícia é que futuramente, na hora da revenda, parte deste valor vai voltar para o bolso do proprietário, pois a versão automática vai continuar valendo mais que a manual.