Desempenho histórico: vendas de veículos novos no RS cresceram 18,73% em 2024
O mercado de veículos novos no Rio Grande do Sul encerrou 2024 com um ótimo desempenho: 18,73% em relação a 2023, reafirmando a força do setor. Conforme o Sincodiv/Fenabrave RS, ao longo do ano foram emplacadas 196.804 unidades, incluindo automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários. Esse número supera as vendas anuais desde 2015, quando 201.533 unidades foram comercializadas, evidenciando a retomada do mercado. Já em nível nacional, segundo a Fenabrave, os emplacamentos de veículos encerraram 2024 com alta de 15,5% em relação a 2023, totalizando 4.744.179 unidades no País.
Em dezembro, no Rio Grande do Sul foram emplacadas 20.119 unidades, consolidando-se como o melhor desempenho do último mês do ano, desde 2019. Esse resultado reflete a confiança do consumidor e a recuperação dos diferentes segmentos do setor. “Os nossos cálculos apontavam para uma venda próxima de 2019 e retornar aos patamares da década, de forma geral, traz uma grande satisfação para um ano tão desafiador quanto 2024 para o Estado. Lembrando que, para além da enchente, não tivemos a melhor taxa de juros, muito menos facilidade na liberação de crédito. O resultado foi fruto de uma ação em conjunto, não só das seguradoras, que prontamente ressarciram seus clientes atingidos pela enchente, mas, principalmente, de um esforço coletivo entre rede e fábrica, que oportunizaram descontos e condições atrativas para o consumidor”, avalia o presidente do Sincodiv/Fenabrave-RS, Jefferson Fürstenau.
Desempenho por segmento no RS:
- Automóveis e Comerciais Leves:
Com um total de 130.790 unidades no acumulado do ano, o segmento atingiu índices próximos aos níveis pré-pandêmicos de 2019, quando foram vendidos 145.118 veículos. Em dezembro, o segmento emplacou 13.737 unidades, um crescimento de 8,82% em relação ao mês anterior e 21,37% frente a dezembro de 2023. - Caminhões:
O segmento de caminhões teve um crescimento expressivo no acumulado do ano, com 10.013 unidades, um aumento de 21,12% comparado a 2023. Em dezembro, foram vendidos 1.210 caminhões, 31,82% a mais que novembro e 49,20% acima de dezembro de 2023. Vale destacar que nos últimos 4 anos a média anual de vendas é superior a 2014 com média de 10 mil unidades emplacadas anualmente no RS. - Ônibus
O mercado de ônibus somou 1.273 unidades em 2024, um acréscimo de 34,28% em relação ao ano anterior. Em dezembro, foram 229 emplacamentos, 53,69% a mais que novembro e 201,32% superior ao mesmo período de 2023. O desempenho das vendas de ônibus em 2024 só perde para 2014 quando foram comercializadas 1.566 unidades no Estado. - Motocicletas
Com 36.970 unidades comercializadas em 2024, o segmento de motocicletas alcançou o maior volume da última década, ficando atrás apenas de 2014, quando foram vendidas 39.606 motos. Em dezembro, foram 3.145 unidades, um crescimento de 16,70% em relação a novembro e 11,45% comparado ao mesmo mês do ano anterior. - Implementos Rodoviários
Os implementos rodoviários fecharam o ano com 7.149 unidades, representando um aumento de 20,68% frente a 2023. Em dezembro, o segmento registrou 677 emplacamentos, 7,29% acima de novembro e 20,68% a mais que dezembro de 2023. O segmento bateu recorde desde 2008 quando foram comercializados 9.107 Implementos.
Boas perspectivas para 2025
Os resultados de 2024 reafirmam a relevância do mercado automotivo no Rio Grande do Sul. Além de retomar volumes significativos em praticamente todos os segmentos, o setor consolidou sua recuperação pós-pandemia e pós-enchente com números que superam expectativas e se aproximam dos melhores momentos da última década.
As projeções da entidade apontam um ano de 2025 um pouco mais tímido em vendas, mas ainda de crescimento. “Esperamos no RS um crescimento entre 5,5% a 6% para automóveis e comerciais leves, 6% para caminhões, ônibus mesmo tendo um volume pequeno, com o programa A Caminho da Escola, que estava suspenso pela eleição municipal, pode crescer perto de 8%. Já em relação às motocicletas, o crescimento esperado deve girar entre 9% e 11%, enquanto o de implementos rodoviários deve aumentar entre 4% e 5%”, finaliza Fürstenau.