Com powertrain híbrido de 816 cv, novo Mercedes-AMG SL 63 S E Performance chega ao Brasil por R$ 1,68 milhão

Modelo acelera de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 s e atinge 317 km/h, conforme dados da montadora | Foto: Divulgação

Equipado com a tecnologia híbrida plug-in criada para a Fórmula 1, o novo Mercedes-AMG SL 63 S E Performance chega ao Brasil por R$ 1,68 milhão. O motor V8 4.0 biturbo com injeção direta instalado na dianteira desenvolve 612 cv a 5.750 rpm e 86,73 kgfm de torque, atuando em conjunto com o propulsor elétrico instalado no eixo traseiro, que por sua vez gera 204 cv e 32,65 kgfm de torque. A potência combinada é de 816 cv e, o torque, de 144,89 kgfm. Toda essa força permite ao modelo acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,9 s e atingir 317 km/h, conforme dados da montadora.

O AMG SL 63 utiliza uma arquitetura de construção completamente nova para o modelo conversível de 2+2 lugares, desenvolvida pela Mercedes-AMG. O chassi é projetado como uma estrutura composta de alumínio leve e foi criada – assim como o primeiro SL em 1952 – literalmente em uma folha de papel em branco: nenhum componente vem do modelo predecessor ou de qualquer outro modelo existente, como o AMG GT Roadster.

O motor V8 biturbo AMG 4.0 no eixo dianteiro também é combinado com uma unidade de propulsão elétrica no eixo traseiro. Ela integra um motor elétrico síncrono de ímã permanente (PSM) de 204 cv com uma transmissão elétrica de duas velocidades e um diferencial mecânico de deslizamento limitado no eixo traseiro. 

A bateria leve de alto desempenho também está localizada na traseira, acima do eixo traseiro. O motor elétrico atua diretamente no eixo traseiro e pode converter sua potência mais diretamente em propulsão. Isso fornece um impulso extra ao arrancar, acelerar ou ultrapassar. À medida que o deslizamento no eixo traseiro aumenta, a força motriz do motor elétrico também é transferida para as rodas dianteiras conforme necessário. 

A conexão mecânica da tração integral AMG Performance 4Matic+ totalmente variável torna isso possível através do eixo cardã e dos eixos de transmissão das rodas dianteiras. A posição no eixo traseiro melhora a distribuição de peso e carga do eixo no veículo.

O desenvolvimento do armazenamento de energia de íons de lítio é inspirado pelas tecnologias comprovadas nos modelos da equipe Mercedes-AMG Petronas F1. A bateria AMG High Performance oferece alto desempenho que pode ser utilizado repetidamente, otimizando o desempenho geral do novo AMG SL 63. Somado a isso, há o rápido consumo de energia e a alta densidade de potência, com uma capacidade de 6,1 kWh e 204 cv de potência máxima. Como parte dos valores de desempenho extremos, o sistema de freios compostos de alto desempenho AMG em cerâmica impressiona com distâncias de frenagem muito curtas, bem como máxima estabilidade e resistência à fadiga sob uso intenso.

Os oito programas de condução AMG Dynamic Select – Electric, Battery Hold, Comfort, Smoothness, Sport, Sport+, RACE e Individual – são precisamente ajustados à nova tecnologia de propulsão. Os programas de condução ajustam parâmetros importantes como a resposta do motor e da transmissão AMG Speedshift MCT 9G, a característica da direção, a amortecimento do chassi ou o som. Os programas podem ser selecionados usando o display no console central ou as teclas do volante AMG.

Design com genes esportivos

Na dianteira, motor V8 4.0 biturbo com 612 cv e, na traseira, um propulsor elétrico de 204 cv | Foto: Divulgação

A grade do radiador específica da AMG enfatiza o efeito de largura da dianteira e, com suas 14 lâminas verticais, faz referência ao ancestral de todos os modelos SL desde o lendário automóvel de corrida 300 SL de 1952. 

A característica exclusiva é a parte traseira. A novidade é a tampa de carregamento plug-in integrada. Há também ponteiras de escapamento duplas trapezoidais com ranhuras. O posicionamento mais esportivo do novo AMG SL 63 S E Performance também sugeriu a decisão de optar por uma capota de tecido elétrica em vez do anterior teto variável. A redução de 21 kg no peso e o consequente centro de gravidade mais baixo têm um efeito positivo na dinâmica de condução.  

Abrir e fechar a capota leva cerca de 15 s e é possível ser realizado em uma velocidade de até 60 km/h. A capota é operada usando o painel de controle no console central ou o touchscreen multimídia, no qual uma animação mostra o progresso do processo.

Interior focado no condutor

O sistema multimídia MBUX é intuitivo de usar e tem capacidade para aprender | Foto: Divulgação

Materiais refinados destacam o padrão de conforto interno. O design do cockpit é focado no condutor. Ao mesmo tempo, o conceito completamente novo de espaço interior, com assentos 2+2, oferece mais espaço e funcionalidade. Os bancos traseiros aumentam a praticidade diária e oferecem espaço para pessoas de até 1,50 metro de altura. 

O sistema multimídia MBUX (Mercedes-Benz User Experience) é intuitivo de usar e capaz de aprender. O SL 63 S E Performance traz vários displays e funções específicas da AMG e do híbrido. Itens de menu exclusivos, como “AMG Performance”, sublinham o caráter esportivo. A tecnologia híbrida também pode ser visualizada: gráficos de alta qualidade visualizam o fluxo de energia do sistema de propulsão.

Um ícone mundial

Lançado em 1954, o esportivo 300 SL é conhecido como “Asa de Gaivota” | Foto: Divulgação

Há quase 70 anos, um automóvel esportivo lançado em Stuttgart tornou-se imediatamente uma lenda. A visão de expandir o potencial da marca Mercedes-Benz por meio do automobilismo de competição produziu o primeiro SL – um carro esportivo de corrida feito para as ruas. 

Pouco após sua estreia em 1952, o 300 SL (designação interna W194) colheu sucesso após sucesso nas pistas de corrida do mundo. Em seu primeiro ano alcançou uma espetacular vitória dupla nas lendárias 24 Horas de Le Mans e até ocupou os quatro primeiros lugares no Grande Prêmio Jubileu do Nürburgring para modelos esportivos. Seus sucessos rapidamente fizeram do SL uma lenda.

O modelo de sucesso foi seguido em 1954 pelo automóvel esportivo 300 SL (W198), conhecido como “Asa de Gaivota” devido às portas incomuns. Em 1999, um júri de jornalistas automobilísticos o elegeu o “Automóvel Esportivo do Século”. 

Outros destaques da história do modelo incluem o “Pagoda” (W113, 1963-1971), o eterno R107 (1971-1989), que foi produzido por 18 anos, e seu sucessor, o R129, considerado uma escultura automotiva por causa de sua marcante forma em cunha. A abreviação “SL” até hoje representa um dos poucos ícones automotivos genuínos no mundo.