7 dicas para não cair numa roubada ao comprar um carro usado
Com tantos golpes por aí, é preciso muita atenção no momento de comprar um veículo, principalmente se a negociação for realizada pela Internet. Confira 7 dicas de segurança para não cair numa roubada ao negociar um usado ou seminovo.
Em termos de segurança, o ideal seria comprar aquele carro de garagem e com precinho em conta de um parente ou amigo, mas sabe-se que nem sempre isso é possível. Outra alternativa é procurar uma concessionária ou revenda de confiança. Isso reduz os riscos de levar um calote, já que empresas com boa reputação no mercado têm endereço fixo e não vão desaparecer do dia para a noite, além de honrarem a velha e boa garantia de três meses não apenas para motor e caixa, mas para o carro inteiro, como determina o Código de Defesa do Consumidor. O fator negativo é que, caso o comprador esteja dando um usado como entrada, as lojas costumam pagar até 20% a menos do que a tabela Fipe, pois têm custos que vendedores particulares não possuem, como a emissão de nota fiscal, por exemplo.
Entretanto, se não for possível nenhuma dessas alternativas e é preciso recorrer aos anúncios da Internet e grupos de aplicativos, confira dicas preciosas que vão evitar estresse e prejuízos financeiros.
1 – Desconfie de ofertas tentadoras
Aquele modelo dos seus sonhos que custa em média R$ 100 mil está sendo anunciado por um determinado vendedor por apenas R$ 60 mil? Dificilmente será verdade, pois é como diz o velho ditado: “Quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Nem perca o seu tempo com anúncios deste tipo, pois não existe almoço grátis. Das duas uma: ou vendedor está negociando um carro que não existe, ou tem algum problema mecânico que, para ser resolvido, vai lhe custar muito mais que o desconto concedido.
2 – Combine um local seguro para ver o veículo
Há inúmeros casos por aí de pessoas que foram olhar veículos de supostos vendedores e acabaram assaltadas. Combine com o comprador para ver o carro em frente a Delegacias, quartéis da Polícia Militar ou grupamentos da Polícia Rodoviária. Se o vendedor for mal-intencionado, não aceitará ou sequer aparecerá, livrando você de apuros. Por questões de segurança, em hipótese alguma marque para olhar o veículo em sua casa e jamais forneça o endereço residencial na fase de negociação, somente quando o negócios estiver fechado e for necessário encaminhar a documentação.
3 – Olhe o veículo apenas durante o dia
Na pressa de comprar um usado ou seminovo, tem gente que aceita ver o carro durante a noite, o que é um grande erro. Somente com a luz natural é que podem ser percebidos amassados, arranhões e desbotamentos na pintura. Há carros tão porcamente repintados por aí que a diferença de cores é gritante: não é necessário ser especialista em funilaria para perceber, mas isso exige luz natural, de preferência. As únicas exceções são ambientes muito bem iluminados, como postos e estacionamentos, algo raro de achar. Por isso, desconfie de proprietários que insistem em querer mostrar seus carros em locais escuros, o que também aumenta os riscos de assalto. Aqui vale aquela velha máxima: ‘‘À noite, todos os gatos são pardos”.
4 – Faça um test-drive
Uma volta rápida pode ser reveladora, especialmente no calçamento ou estrada de chão. Nessas circunstâncias, costumam revelar-se rangidos no chassi, barulhos na suspensão, rolamentos, no motor e na transmissão. Tem veículo que faz tanto barulho que até parece carro alegórico entrando na Sapucaí. Se o modelo pretendido faz barulhos até no asfalto, abra o olho. Aproveite para conferir se o motor disponibiliza potência compatível com sua cilindrada durante as acelerações e se a embreagem está funcionando adequadamente. Se a transmissão for automática, atente para lentidão nas trocas ou trancos cada vez que movimentar a manopla de D para R ou N. Durante o teste, também é possível observar o alinhamento da direção e o correto balanceamento das rodas e pneus.
5 – Não abra mão de uma inspeção mecânica
Por mais que você goste e entenda de carros, não abra mão de levar o modelo que está prestes a comprar até um mecânico de confiança. Além do conhecimento técnico, o profissional conta com elevador automotivo e equipamentos que vão permitir checar motor, câmbio automático e componentes elétricos e eletrônicos. Um problema descoberto na transmissão automática pode facilmente custar R$ 20 mil ou mais, dependendo do modelo e marca. Uma inspeção também é importante para certificar-se de que a quilometragem mostrada no painel é original e que o veículo nunca foi batido ou ficou submerso em uma inundação, por exemplo.
6 – Atenção à documentação
Em alguns casos, lataria e mecânica estão nos conformes, mas o veículo tem milhares de reais em multas ou problemas graves na documentação que vão impedir a transferência para o seu nome. Ou seja: dor de cabeça – e das grandes. Mas é justamente para minimizar riscos que existe a vistoria realizada pelo Detran do seu Estado. Quase nada escapa, principalmente adulterações e remarcações de chassi.
7 – Só faça o pagamento quando estiver em posse do veículo
Nunca, mas nunca mesmo, transfira dinheiro sem estar em posse do veículo que está adquirindo. Às vezes, esse carro ou moto sequer existe, pois você nem imagina, mas está negociando com estelionatários que usam fotos de outros modelos em anúncios falsos. Não deposite sinal para garantir o negócio e muito menos pague taxas com antecedência, pois na maioria das vezes o golpe é justamente esse: captar ilegalmente essas quantias menores, de R$ 1 mil ou menos, que despertam menor desconfiança nas vítimas. Dessa forma, faça a transferência do dinheiro somente instantes antes ou, melhor ainda, logo após a transferência do modelo para o seu nome. Por fim, evite pagamentos em dinheiro, pois as chances de ser assaltado no meio do caminho são altas. Prefira Pix ou transferências bancárias, muito mais seguras.
Siga essas dicas e as chances de levar um calote vão ser muito reduzidas. Ótimos negócios!